sábado, 27 de setembro de 2008

Aniversariar

Inicialmente a gente ia em aniversários quando a mãe do coleguinha avisava a nossa mãe.

Tinha comida. Bebida. Gente. E nós não nos lembramos de nada.

 

Depois, nós éramos convidados. Um convitinho bonito, entregue na rua ou na escola.

Tinha docinho, cachorro quente, refrigerante e Xuxa.

 

Um pouco mais tarde os aniversário começam a ser no boca a boca, um chamado quase tímido.

E aí rolam salgadinhos, refrigerantes e paqueras inocentes.

 

Aí então vem "O" aniversário. Um convite imponente e trajes sociais.

Acontecem porres vergonhosos, comida e bebida e, talvez, as primeiras ressacas morais.

 

Passado um tempo, aniversários começam a ser vaquinhas. Cada um leva, cada um aproveita.

Normalmente, aí, a quantidade de comida das festas diminui.

 

Festas de aniversário após este período são reuniões em buteco.

Cada um leva a grana, racha no fim e fica bêbado.

 

Ultimamente festa de aniversário é todo mundo ir pra casa da amiga, beber um pouquinho por conta e rachar o resto.

Nesses casos ficamos bêbados com bons amigos e eu queimo meu olho.

 

Agora aniversário é quando um amigo de um amigo paga duas grades e a gente vai de penetra.

Tem comida. Bebida. Gente. E nós provavelmente não nos lembraremos de nada.



Sábado. Tem.

 

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